SIC detém decano da Faculdade Economia da UKB e outros por peculato
Luanda - O Serviço de Investigação Criminal em Benguela deteve ontem seis gestores públicos localis, entre os quais o decano da Faculdade de Economia da Universidade Katyavala Bwila, José Nicolau Silvestre, de 57 anos, por, alegadamente, terem cometido o crime de gestão danosa ao erário público.
Fonte: OPAIS
Na sequência das investigações de combate à corrupção e ao branqueamento de capitais, foi ainda detido Diamantino José Rafael, de 49 anos, funcionário da mesma universidade. Os polícias, sob ordem da Procuradoria Geral da República, detiveram Humberto Mendes Jardim, de 53 anos, e Paulino António da Silva, de 68 anos, funcionários da delegação local do Banco Nacional de Angola, constituídos arguidos no processo-crime 2750/SIC/2015. Entre os detidos estão também dois funcionários do Hospital Geral de Benguela (HGB), nomeadamente Borges Venâncio dos Santos, 49 anos, e Mateus Lopes Quissongo, de 55 anos.
No processo movido contra estes dois gestores públicos, registado com o número 2338/SIC/2010, consta também como arguido a malograda Rosa Maria Coutinho Varela Pinto. De acordo com uma fonte judicial contactada por OPAÍS, os suspeitos foram detidos por alegada gestão danosa de fundos públicos e que o SIC limitou-se apenas a executar um mandado emitido pelo Ministério Público que, empenhado no combate à corrupção, vai engendrando acções de detenções de cidadãos suspeitos de terem cometido o crime de peculato, previsto e punível nos termos do Código Penal. A operação de detenção dos mesmos aconteceu das 8 às 14 horas, pelo que decorrem as investigações visando a detenção de outros supostos infractores.
De acordo com a mesma fonte, que não avança mais dados alegando segredo de Justiça, esse é um processo contínuo e, pelo andar da carruagem, poderá visar muita gente com responsabilidades públicas em Benguela. Segundo soube OPAÍS, o decano da Faculdade de Economia foi detido na reitoria da Universidade Katyavala Bwila, onde se encontrava a participar numa reunião de trabalho. Fontes familiarizadas ao dossier explicaram que o mestre Nicolau Silvestre estaria a ser indiciado por alegada gestão danosa que remonta ao consulado de Paulo de Carvalho, o primeiro reitor da UKB.
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